Mercado de locação em 2024
Locação imobiliária: Previsões para 2024
Conheça as principais perspectivas do mercado imobiliário para o próximo ano e mudanças significativas no mercado de seguros.
O mercado imobiliário em 2023 registrou uma das suas melhores marcas nos últimos 10 anos, segundo o relatório do indicador ABRAINC-Fipe.
Seja pelo cenário econômico e até mesmo o receio das possíveis altas da inflação, houve um destaque significativo. Segundo dados do indicador, o segmento da habitação popular foi o grande responsável por esse aumento, com uma alta de 18,3% nos primeiros sete meses, totalizando uma cifra de R$ 11,9 bilhões em transações.
O segmento de imóveis de Médio e Alto Padrão também apresentou bons resultados, com números puxando os indicadores para cima, com 15,1% e chegando a R$ 10,7 bilhões em transações.
Para a ABRAINC um resultado positivo como esse, com altas acima de 10% em todos os segmentos apurados, comprova a importância e o protagonismo do mercado imobiliário na economia brasileira.
Para 2024, as previsões são otimistas graças às recentes quedas da Selic, novos investimentos e aberturas de crédito pela Caixa Econômica.
Apesar do otimismo, há necessidade de manter cautela para quem deseja esperar o primeiro trimestre para tomada de decisão.
Mercado de Seguros imobiliários
No Brasil, o mercado de seguros exerce enorme influência na economia, principalmente quando em conjunto com o mercado imobiliário.
Segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), a estimativa atual aponta para um crescimento de 9,4% em 2023, uma ligeira redução de 0,7 ponto percentual em relação à projeção anterior divulgada em dezembro de 2022 (10,1%). Para o ano subsequente, 2024, a expectativa é de um crescimento robusto de 10,9%.
Como já mencionado, a taxa Selic tem o potencial de afetar o mercado imobiliário, tendendo a aquecer o financiamento imobiliário, beneficiando o setor habitacional e o seguro habitacional, que deverá registrar um aumento de 14,7% em 2023. Para 2024, com a expectativa de continuidade da queda dos juros, o cenário de crédito deve melhorar, proporcionando um crescimento de 18% para o setor habitacional.
Segundo a Infomoney, a perspectiva de crescimento para o seguro imobiliário é de 11%, graças à fatores que impactaram o setor e que seguirão em pauta em 2024, como a Lei 14.652/23, que permite o uso dos planos de previdência e títulos de capitalização como garantia em operações de crédito e a aprovação da Reforma Tributária, com regime especial para setor segurador, que deverá ter regulamentação no próximo ano.
Outro tema abordado, é a apresentação do Senado da PLC 29/17, a “nova” Lei de Seguros, após acordo com o governo, cuja expectativa é de aprovação no primeiro semestre de 2024, beneficiando tanto as seguradoras quanto os consumidores.
PLC 29/17
Atualmente, a seguradora tem 30 dias para regular o sinistro e, havendo cobertura técnica, deverá efetuar a indenização. Caso a seguradora ultrapasse os 30 dias para efetuar a indenização, existe a possibilidade de cobrança de juros. Como existe a possibilidade de suspensão do prazo para solicitação de documentos adicionais, a regulação do sinistro pode demandar um período indeterminado, pois os 30 dias só serão contados quando a apresentação completa dos documentos for realizada.
Conforme o texto do PLC, todos os documentos necessários em caso de sinistro devem constar já na apólice.
Outra expectativa para 2024 é o avanço do projeto do seguro social contra catástrofe, apresentado no segundo semestre deste ano ao governo e também na COP 28.
Outras iniciativas que o setor prevê desenvolver em 2024 são:
- “seguros inclusivos” focados em pequenos e microempreendedores;
- redução da judicialização e combate a fraudes em saúde suplementar;\
- fortalecimento da indústria de seguros.